(©Texto de Edson Doncatto).
Um desafio constante e permanente que como seres humanos enfrentamos é quando, a partir de determinado momento, temos a sensação de pertencer ao conjunto dos cidadãos e cidadãs.
A maneira mais simples de constatar esta condição é quando somos chamados pelo nome, temos nossa identidade reconhecida, temos um local para morar e uma atividade laborativa que permita no mínimo a nossa subsistência.
Dentre estes desafios, sem dúvida ter um lar e sentir-se produzindo alguma atividade laborativa, reconhecida e com retorno financeiro é o ponto nevrálgico a ser atingido.
Os programas sociais podem proporcionar algum meio de subsistência, por um período determinado, porém o caminho ainda a ser percorrido é bem mais longo.
Os avanços tecnológicos, a globalização dos mercados, o aumento contínuo da população e a insuficiência técnica de uma parcela importante da população vai criando um conjunto de pessoas que ano após ano são excluídas do mercado de trabalho.
Como inserir no contexto sócio econômico a população excluída do mercado de trabalho?
Sabemos que o poder público tem um número de vagas limitadas, a iniciativa privada está sempre operando no limite financeiro e operacional, em decorrência de todos os riscos e submetida a vários regramentos jurídicos, previdenciários, tributários e trabalhistas, além, é claro, da concorrência globalizada.
Na nossa visão este problema teria uma proposta de solução, que é o modelo cooperativo.
Dois fatos estão sempre presentes na vida das pessoas: A família e a escassez dos recursos.
Diante da escassez dos postos de trabalho e nos momentos de crise, surge o modelo cooperativista como uma opção para diminuir a tensão social, oportunizar às pessoas a terem uma atividade laboral com retribuição monetária pelo seu trabalho.
As cooperativas de trabalho são uma alternativa, porém para que isto se torne realidade, em algum momento, e em alguma escola, os ensinamentos sobre o modelo cooperativo precisam serem ensinados, pois só praticamos aquilo que sabemos e somente saberemos algo se alguém nos ensinar.