Caja Laboral – Cooperativa de Crédito – Banco Cooperativo

Mondragón Complexo Cooperativo (MCC).

(Edson Luiz Doncatto, out/23)

Tempos atrás participei de uma viagem de estudos para Bilbao, País Basco, Mondragón, Espanha. Estudo da experiência cooperativa, onde este modelo foi implementado em todas as atividades laborais.

Em 1959, 41 cooperativas e a FAGOR (Cooperativa de Trabalho que foi uma das pioneiras do modelo cooperativo) fundaram a CAJA LABORAL. Na época o governo não permitia as cooperativas terem uma atividade financeira.

A CAJA LABORAL era uma poupança que ajudava a desenvolver as entidades cooperativas.

Todas as cooperativas e todos os seus cooperados individualmente eram também sócios da CAJA LABORAL.

A partir de 1970, no final do exercício fiscal, todas as empresas cooperativas (pessoa jurídica) alocavam 20% da sobra líquida para um fundo de investimento, onde havia uma divisão de negócios, que definia quais projetos teriam aporte de recursos para pôr em prática seus negócios.

O fundamental era ter uma ligação direta entre poupança e investimento.

O fato muito importante, que marca profundamente este fundo de investimento, para analisar os projetos e liberar os recursos, era de que o valor liberado seria devolvido num prazo de 12 (doze) meses, SEM JUROS OU CORREÇÃO DO VALOR DESTINADO.

Como sabemos, é importante para o sócio cooperado ter os meios de produção próprios ou renovação dos equipamentos ou outra atividade laboral, um empréstimo com juro acessível seria um fator importante.

Hoje a participação do sócio, nas sobras, é sobre as operações realizadas. Se as cooperativas de crédito tiverem um núcleo de estudo de estratégias para que o sócio tenha a sensação de pertencimento, seria um avanço que traria mais sócios e maior movimentação.

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