(Texto: Edson Luiz Doncatto)
Seguidamente nos perguntamos por que este modelo social e econômico passa desapercebido, praticamente imóvel, apenas mantendo as cooperativas já existentes.
Será que é por falta de coragem? Ou por falta de conhecimento? Em determinadas ocasiões sempre vem uma ajuda de alguma entidade ou dos órgãos públicos. O problema que estes auxílios não serão por muito tempo. Seja de que tipo for a ajuda existente, chegará o dia em que as pessoas terão que se virar para suprir renda para no mínimo sustentar a si e a sua família.
Como sabemos, a globalização, a escassez dos recursos, a tecnologia, o crescimento da população irá deixar à margem do caminho uma parcela da sociedade mais vulnerável.
De que forma as pessoas deste contexto excludente do mercado de trabalho poderão enfrentá-lo? Uma forma inteligente é a cooperação entre todos, e criar cooperativas de trabalho. Pode ser cooperativa de produção ou de prestação de serviço.
Mas como podemos esperar que as pessoas se organizem para constituir uma cooperativa se não tiverem alguma entidade ou órgão que lhe transmita os conhecimentos básicos necessários? Além de conhecimento precisam de assessorias, de preferência de forma gratuita, no momento inicial. Neste processo jamais devemos esquecer que cada pessoa deve estar convencida de que é isto que ela concorda e deseja. Temos que começar pelo começo, isto é, cooperativismo é um processo lento e continuado de conhecer, concordar, acreditar e assumir o compromisso societário.
Não nascemos cooperativistas, nos tornamos cooperativistas por necessidade e nos manteremos cooperativistas se mantivermos no coração a chama de auto ajuda e ajuda mútua. Sem estes pressupostos, a chance de insucesso existe, porém se os mesmos estiverem presentes a chance de sucesso estará garantida.