(Edson L. Doncatto)
1) Os clientes pagam caro seus Planos de Saúde. Muitos entendem que são deficientemente atendidos. Há demora no atendimento.
2) Alguns profissionais trabalham descontentes, principalmente por entenderem que a remuneração é baixa. Se reclamar numa operadora mercantilista, pode ser descredenciado sumariamente. Na cooperativa ele é sócio, permitindo reivindicar.
A remuneração do trabalho médico quanto à consulta médica é linear, não importando o grau de dificuldade e o tempo necessário para sua execução e nem a experiência de quem a pratica e muito menos se o médico é ou não especialista. Nos outros ramos do cooperativismo, por exemplo nas cooperativas de produção, os produtos são pagos pelo seu grau de qualidade e classificação. Por exemplo: o leite, onde de acordo com sua classificação tem valor diferenciado, pois na sua produção os cuidados e a forma de produzi-lo foram diferentes. Não quero comparar consulta médica com produção de leite, porém temos que achar uma maneira de remunerar de forma diferenciada a consulta médica de algumas especialidades. Não podemos continuar com o rótulo de cooperativa, tratando de forma igual, as atividades complexas que exigem uma série de requisitos desiguais.
3) A nossa forma de gestão do negócio precisa ser revista urgentemente, onde se individualiza o ganho e se socializa os custos, deixando os sócios descomprometidos com os resultados dos seus atos. Não se oportuniza ao sócio a chance de aumentar ou diminuir seus ganhos em decorrência do resultado do seu trabalho.
Diante disso, o que fazer?
- Mudar a forma de remuneração do trabalho médico;
- Criar vínculos diferentes: Quem quer ser médico sócio, e quem quer ser só credenciado;
- Foco no atendimento ao cliente;
- Olhar para frente e ver qual futuro queremos.


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