(Dr. Edson Luiz Doncatto)
O sucesso do cooperativismo médico depende fundamentalmente das atitudes dos seus sócios. Tenho estudado nos últimos anos, novas formas de remuneração do trabalho médico e percebi, comparando com o modelo visto na Espanha (Madrid e Barcelona) e no modelo de saúde pública na Itália, que temos um tesouro em nossas mãos, que são as UNIMEDs, porém não nos damos conta deste fato.
Só no Brasil o modelo de cooperativismo médico é um modelo de sucesso e uma alternativa brilhante e vitoriosa para agregar valor ao trabalho e ganho do médico sócio da UNIMED.
Resta-nos cuidar com muito amor e carinho da nossa empresa UNIMED e para isto temos que olhar, estudar, e agir como sócio de um negócio que é nosso e que representa a maior fonte de renda do nosso trabalho, para a grande maioria dos médicos cooperados.
Quais são nossos equívocos, ou o que estamos deixando de fazer, correndo risco de dificultar o sucesso do nosso negócio? O que deveríamos ver e alguns cooperados ainda não conseguem ver?
O modelo do cooperativismo médico, envolve três elementos fundamentais:
1) O cliente que aporta os recursos para a Operadora de Planos de Saúde UNIMED.
2) O Médico Cooperado, sócio da cooperativa, que presta o serviço e é a peça fundamental deste negócio, pois sem ele não há negócio, e
3) A UNIMED, uma Operadora de Planos de Saúde, de propriedade da cooperativa (estamos falando de cooperativa médica e não de Operadora de Plano de Saúde que subcontrata serviços médicos).
Só haverá interação desses três elementos, quando quem paga a conta e quem presta os serviços médicos se sentirem plenamente atendidos.
Quando o sócio entender que se não agir como sócio do todo, e que o negócio precisa ser bom para todos, o modelo cooperativo cairá por terra; e quando os interesses individuais e corporativos se sobressaem, o conjunto começa a ruir.
Estamos discutindo apenas os aspectos de conduta e comportamento do sócio cooperado, suas consequências e riscos. Não podemos achar que o modelo cooperativista irá resolver os nossos problemas se não houver interação de todas essas peças. O modelo de cooperativismo é ainda o único modelo em que o sócio pode sugerir, participar, e gerir os destinos da sua empresa. Porém se continuar a se comportar como contratado e sem interesse em cuidar do seu negócio, as chances deste negócio acabar são reais e num futuro não muito distante.

